quarta-feira, 29 de maio de 2013

6º ENCONTRO:

Antes de continuar o tema avaliação, por meio de uma adaptação de um conto de fadas, apresentamos um vídeo muito enriquecedor sobre dislexia.


Agora sim... voltaremos ao foco da aula: avaliação!

Branca de Neve

Era uma vez... uma rainha que vivia em um grande castelo. Ela possuía uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, também tinha um espelho mágico. Um dia, querendo avaliar sua beleza, perguntou ao espelho:

– Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?

O espelho olhou bem para ela e respondeu:

– Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia, para responder a sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.

Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:

– Como assim?

– Veja bem – respondeu o espelho. Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibope no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas, ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.

E continuou o espelho:

– Além disso, eu preciso que Vossa Majestade defina com que bases devo fazer essa avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para fazer essa análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar aos seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar. Depois, ainda tem o seguinte – continuou o espelho – Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o grau dessa beleza? Utilizo a observação?

Finalmente, concluiu o espelho:

– Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar…

Fonte: Adaptado de Utilization-Focused Evaluation. Londres, Sage Pub, de Michael Quinn Patton.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

5º ENCONTRO:

A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; 
a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas.”
Padre Antônio Vieira



O que é avaliar?

Por Marco Aurélio da Silva
Equipe Brasil Escola

Quando um professor fala em avaliação muitos alunos ficam com medo e apreensivos quanto ao que vai ser cobrado na prova, pois esse é um momento muito tenso e de muita pressão para os alunos.

A avaliação é um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos. Há muito tempo atrás avaliar significava apenas aplicar provas, dar uma nota e classificar os alunos em aprovados e reprovados. Ainda hoje existem alguns professores que acreditam que avaliar consiste somente nesse processo. Contudo, essa visão aos poucos está sendo modificada.

Avaliação não deve ser somente o momento da realização das provas e testes, mas um processo contínuo e que ocorre dia após dia, visando a correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. Nesse sentido, a forma avaliativa funciona como um elemento de integração e motivação para o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é um processo atualmente entendido não só como o resultado dos testes e provas, mas também os resultados dos trabalhos e/ou pesquisas que os alunos realizam.

Existem inúmeras técnicas avaliativas como, por exemplo, a prova de consulta, trabalhos e pesquisas, resolução de soluções problemas, entre muitas outras técnicas, as quais permitem ao professor avaliar o desempenho dos alunos e fugir da tradicional prova escrita, essas técnicas apresentam algumas características como:

  • Possibilidade de professor e aluno dialogarem buscado encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno para a aprendizagem;
  • A motivação para a correção e o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados dentro da classe.

O importante é entender que avaliar não consiste somente em fazer provas e dar nota, avaliar é um processo pedagógico contínuo, que ocorre dia após dia, buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos.

Fonte: http://educador.brasilescola.com/orientacoes/o-que-avaliar.htm

quarta-feira, 15 de maio de 2013

4º ENCONTRO:

Hum... o tema foi avaliação!

“A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e não voltada para a seleção de uns poucos, como se comportam os exames. Por si, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente, em busca do melhor. Sempre!”
Cipriano Luckesi

 E para começar a instigar o assunto... algumas charges.

Francesco Tonucci             1974               Avaliação (1)




O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?
(Fonte: Revista Pátio, ano3, n° 12, p.11, 2000)

Avaliar a aprendizagem nem sempre é um ato fácil de ser executado pelo professor. Independente dos instrumentos e critérios de avaliação utilizados, sempre há “em jogo” uma operação de poder que conduzirá a uma determinada tomada de decisão. O professor deve - apoiado em um juízo de valor externo - buscar informações sobre um processo interno, a aprendizagem. Portanto, estamos diante de um grande desafio. Diante disso, neste enfoque temático, sugerimos a leitura de um texto sobre a prática avaliativa e a realização de um estudo acerca do mesmo, proposto em duas partes distintas.

Antes, convidamos você para ler o trecho abaixo, observar atentamente a charge e refletir sobre as seguintes questões:

- O que é avaliação?

- Quais instrumentos você utiliza para avaliar?

- Quais os indicadores que sugerem que seu aluno tenha aprendido?


E enfim... como deveria ser o ato de avaliar????

quarta-feira, 8 de maio de 2013

3º ENCONTRO:

Um encontro para ouvir, refletir, emocionar... pensar sobre os mais diversos relatos a respeito do processo de alfabetização dos professores em sua infância. Relatos emocionantes quando foram acolhidos, acalentados, respeitados.... outros que marcaram pela rigidez, punição, repetição, pela seleção do mais forte, etc. Isso é um pouco da história do processo de alfabetização! Deveria ser uma prática constante pensar no lado bom e ruim do nosso próprio processo... romper com práticas prejudiciais e possibilitar para nossos alunos um ambiente educativo de respeito e qualidade.

No livro "Infância", de Graciliano Ramos, o protagonista se julgava incapaz de aprender a ler e a escrever, fazia troca de letras (t e d), foi censurado quando quis ler um livro de capa amarela, possuia dificuldade em ler as letras miúdas... sofreu! Veja um trecho:

"Chorei, o folheto caído, inútil. O menino da mata e o cão Piloto morriam. E nada
para substituí-los. Imenso desgosto, solidão imensa. Infeliz o menino da mata, eu
infeliz, infelizes todos os meninos perseguidos, sujeitos aos cocorotes, aos bichos
que ladram à noite.
[...]
Ai de mim, ai das crianças abandonadas na escuridão" (10 ed.; 1974, p. 228)

Vídeo sugerido que faz parte do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), realizado pelo MEC em 2001:



Sugestão de livro: